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“Está traumatizado”, diz avó de menino torturado pelo pai em GO

Após a prisão do pai, o garoto de 8 anos está morando com os dois irmãos e a avó; família precisa de ajuda financeira

O garoto de 8 anos que foi torturado pelo pai com choques elétricos, afogamentos e machucados nas unhas, na capital goiana, está traumatizado depois das agressões. Após a prisão do pai, o menino passou a morar com a avó materna e os outros dois irmãos.

O genitor do menino, de 25 anos, foi preso na última segunda-feira (7/6), após confessar intensas sessões de tortura contra a criança. O homem chegou a dizer que sentia prazer em bater no filho e justificou as agressões na ingestão de bebidas alcoólicas.

À TV Anhanguera, a avó do menino conta que as torturas não saem da cabeça do neto. “Todo momento ele lembra. Não dorme à noite, fica assustado, acorda gritando, sabe? E ele sente dor”, relatou a senhora.

“Eu não estou conseguindo dormir muito bem”, contou o menino sobre as agressões.

De acordo com a Polícia Civil, a mãe biológica do garoto o abandonou ainda recém-nascido e ele morava com a avó materna. No entanto, no início da pandemia, ainda em 2020, o pai pediu que o filho passasse um tempo na casa dele e, desde então, ele estaria sendo torturado.

“Nunca imaginava que ele fazia uma coisa dessas. Entreguei esse menino para ele sem um arranhão, sem nenhum arranhão. E ele entregou o menino todo machucado, sabe? É um sentimento que só Deus sabe”, afirmou a avó.

Auxílio

Ao voltar para a casa da avó com os irmãos, a família do garoto se viu em dificuldades financeiras para pagar as contas e manter a alimentação. Por isso, pede ajuda.

Segundo a avó, a energia elétrica foi cortada e ela tem uma dívida de R$ 400 no mercado. A mulher, que trabalha como serviços gerais, também está à procura de uma oportunidade de emprego.

“Eu peço que me ajudem com alimentação. Eu estou desempregada, meu esposo também está desempregado. Eu moro aqui de favor e estou sem energia. Não estou tendo condição de nada”, relatou a mulher à emissora.

Tortura

O pai do garoto foi preso na segunda-feira (7/6) pelo crime de tortura. O mandado de prisão preventiva foi cumprido pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) da capital goiana. Segundo a Polícia Civil, a criança era submetida a intensas sessões de crueldade, ocasionando sofrimento físico e mental.

De acordo com a corporação, a criança foi ouvida e deu detalhes à equipe policial, informando que o pai cometia as agressões com um fio o qual descascava, ligava na tomada e dava choques elétricos em seu corpo (braço, barriga, pernas e pés). Conforme relato do garoto, os choques eram iniciados pelas unhas, que estavam parcialmente arrancadas.

Ainda segundo o menino, ele era acordado de madrugada e o pai realizava sessões de afogamento com ele em um balde. Na sequência, o homem batia com um fio em diversas partes de seu corpo. Também destacou que era jogado ao chão e o pai pisava em seu pescoço e cabeça, além de puxar sua língua com um alicate, utilizando diversos outros métodos para provocar dor e sofrimento à criança.

Polícia Civil afirmou que a prisão preventiva foi representada diante da gravidade do crime. O homem, que já possuía uma passagem criminal por crime contra a honra, está detido na unidade prisional e encontra-se à disposição do Poder Judiciário.

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Por Jeferson Sputnik Jornalista RTP 0021471/MG

Jornalista RTP 0021471/MG Radialista Social Media Mais de 100 milhões de acessos em 2022 Assessor parlamentar Câmara dos Deputados Brasília Sangue A Positivo