O Grito que Quebra o Silêncio: Como João Pinheiro Luta Contra a Violência Doméstica
Um evento em João Pinheiro, promovido pelo Instituto Beatriz em parceria com a vereadora Simone Prado, se tornou um marco na luta contra a violência doméstica e o feminicídio. Reunindo autoridades, especialistas e a comunidade, o encontro na OAB local não foi apenas mais uma palestra, mas um poderoso ato de conscientização e solidariedade. Afinal, por trás de cada estatística, há uma história de dor, e é preciso mais do que números para mudar essa realidade.
A Urgência de Unir Forças
Com início pontual às 8h, o evento contou com a presença de um vasto leque de autoridades, reforçando a importância do tema. Estiveram presentes a promotora de justiça da segunda vara de João Pinheiro, o delegado da Polícia Civil, militares da Polícia Militar, além de representantes de associações que defendem a causa feminina e agentes de sáude. A imprensa local, representada pelo jornalista Jeferson Sputnik e a repórter Kamila Lavareda, também marcou presença, garantindo que o eco da discussão chegasse a mais pessoas.
A essência do encontro, como ressaltou o Instituto Beatriz, é unir forças para romper o ciclo de violência e construir uma sociedade mais segura. O jornalista Jeferson Sputnik trouxe à tona casos que chocaram a região, como o assassinato de Beatriz em 2021 em Paracatu, morta na frente da própria mãe, e o brutal assassinato de Ana Paula em 2023, em João Pinheiro, vítima de mais de 80 facadas. Esses relatos, cruéis e reais, serviram como um lembrete doloroso e urgente de que a violência não é um problema distante, mas uma ameaça cotidiana.
Do Luto à Luta: Um Caminho Coletivo
O que ficou claro neste encontro é que a luta contra a violência doméstica não se vence com o silêncio. É preciso fortalecer redes de apoio e criar espaços onde as mulheres se sintam seguras para denunciar. O caso de Ana Paula, assim como o de Beatriz, mostra que a denúncia é, muitas vezes, a única forma de evitar um desfecho trágico.
Diante de um cenário tão desolador, a pergunta que fica é: até quando vamos permitir que o medo silencie as vozes de tantas mulheres? O evento em João Pinheiro não foi apenas um chamado à ação; foi um lembrete de que a responsabilidade de mudar essa realidade é de todos nós. Não basta lamentar as tragédias; é preciso agir.
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