Indignação em João Pinheiro: Idoso Cai em Barranco, Permanece Horas Sem Socorro e Família Denuncia Burocracia e Demora no Resgate

Fernando, de 64 anos, sofreu múltiplas fraturas e perfuração pulmonar após queda de 3 metros. Família questiona falhas no sistema de resgate e tratamento, registrando ocorrência policial para futuras ações judiciais. Vítima está internada em estado grave na UTI.

JOÃO PINHEIRO, MG – Uma situação revoltante abalou a comunidade de João Pinheiro e expôs graves problemas no sistema de resgate e comunicação. Um idoso de 64 anos, identificado como Fernando, sofreu um grave acidente na madrugada do dia 10 de junho, no bairro Papagaio, e permaneceu caído em um barranco por horas, aguardando socorro. A família da vítima manifesta extrema indignação com a demora e a burocracia enfrentadas para conseguir atendimento.

O acidente ocorreu por volta das 2h da manhã, quando Fernando, por motivos ainda não esclarecidos, caiu de um barranco com mais de 3 metros de altura. O impacto da queda resultou em cinco costelas quebradas e um pulmão perfurado. O idoso ficou toda a madrugada caído no local, em estado crítico.

A dificuldade para conseguir o socorro foi um dos pontos mais criticados pela família. Uma moradora do bairro, ao tentar acionar os serviços de resgate, enfrentou a burocracia do sistema: a ligação caía na central de regulação de outro município, obrigando-a a relatar a história repetidas vezes, sem que o socorro fosse efetivado prontamente.

A família só soube da grave situação de Fernando por volta das 16h da tarde, quando ele já estava intubado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital de João Pinheiro. A revolta dos familiares intensificou-se com o conhecimento dos detalhes da demora e do tratamento, levando-os a registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil, com a intenção de tomar medidas judiciais futuras. Fernando permanece internado em estado grave.

O portal Sputnik Voz do Povo buscou esclarecimentos com a direção do hospital, que explicou que a prioridade era salvar a vida do paciente. Informaram que a comunicação com a família seria realizada pela assistência social, mas, devido à gravidade e urgência, uma pessoa que viu o homem na entrada do hospital acabou comunicando os familiares antes que o procedimento oficial da assistência social fosse concluído.

O Sputnik também tentou contato com o comando do Corpo de Bombeiros para obter um posicionamento sobre o caso, mas não obteve sucesso, pois o responsável pelo comando estava em Unaí. O portal deixou o espaço aberto para um comunicado posterior, caso se faça necessário.

A situação de Fernando lança luz sobre a necessidade de revisão dos protocolos de atendimento e da eficiência na comunicação entre os serviços de emergência, especialmente em ocorrências que dependem de uma resposta rápida para preservar vidas. A família clama por justiça e respostas diante de um drama que poderia ter tido um desfecho diferente.