Mulheres ocupam quase 40% dos cargos do primeiro escalão do Governo de Minas
Atualmente, elas chefiam cinco das 13 secretarias de Estado; no último ano do governo anterior (fevereiro de 2018) e no mesmo período de 2014, as mulheres representavam, respectivamente, 5% e 29%
Atualmente, cinco das 13 secretarias do Governo de Minas são ocupadas por mulheres. Assim, elas representam 38,5% do secretariado. Como comparação, no último ano do governo anterior (fevereiro de 2018) e no mesmo período de 2014, as mulheres representavam, respectivamente, 5% e 29,4%.
São elas: Ana Valentini (Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Elizabeth Jucá (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social), Julia Sant’Anna (Secretaria de Estado de Educação), Marília Carvalho de Melo (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), Luísa Cardoso Barreto (Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão). Além delas, Simone Deoud chefia a Ouvidoria-Geral do Estado de Minas Gerais (OGE/MG), órgão autônomo responsável por fiscalizar os serviços públicos estaduais prestados aos mineiros, a fim de aperfeiçoá-los.
Já no segundo escalão, Minas conta hoje com 54 cargos ativos de liderança, sendo 22 ocupados por mulheres e 32 por homens. Ou seja, quase 41% dos cargos são ocupados por mulheres, enquanto os homens estão em 59% deles.
Bandeira
O governador Romeu Zema disse que a valorização e ampliação da participação feminina em cargos de liderança é uma prioridade da sua gestão.
“Quanto mais heterogêneo o ambiente, melhor. Quando você tem apenas uma linha de pensamento, você agrega menos pontos de vistas, perspectivas. Quando você mescla e conta com mais mulheres nas diversas áreas de uma empresa ou da administração pública, você alcança mais resultados e mais qualidade”, afirmou.
Para Zema, a maior presença das mulheres no governo se deve ao mérito e à capacidade técnica.
O governador destacou que ainda há muitos desafios e lembrou que a participação das mulheres no Legislativo mineiro, por exemplo, é muito pequena. Dos 77 parlamentares, apenas nove são mulheres. O mesmo acontece no Congresso Nacional.
“Esses números precisam crescer, pois a participação das mulheres na política é fundamental para a representatividade e bandeiras femininas. Vocês precisam e merecem ocupar mais espaço”, ressaltou.
Dia Internacional
O governador Romeu Zema deu início, nessa segunda-feira (7/3), às comemorações referentes ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em todo o mundo em 8 de março, com o café da tarde com as mulheres que ocupam cargos de liderança no Governo de Minas.
É a primeira vez, em 130 anos de existência, que uma mulher está à frente da Secretaria de Agricultura. Durante seu relato, a secretária Ana Valentini afirmou ter grande orgulho de compor a equipe de governo. “Uma produtora rural do Cerrado mineiro, que lida com seca, chuva, granizo, prejuízos e que deixará como legado o apoio aos agricultores familiares do nosso estado”, afirmou.
Já a secretaria Luísa Barreto, explicou que a atual gestão valoriza a participação da mulher simplesmente permitindo que a mulher ocupe seu espaço.
“É muito importante que tenhamos visões diferentes. Essa multiplicidade é importante para o governo e para a sociedade. A sociedade se beneficia muito quando temos um governo diverso. Essa é uma característica do governo que me traz muita alegria: perceber como é natural ser quem a gente é e ser reconhecida por isso”, disse.
Felicidade
Já a diretora-geral da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH), Mila Costa, contou que ao passar por um rigoroso processo seletivo da Agência e ser aprovada teve a curiosidade de saber por que razão foi escolhida.
“Fiquei muito feliz quando descobri que fui selecionada porque era mulher e porque o meu currículo era o melhor. Fiquei tão orgulhosa porque são as duas coisas que tenho muita alegria de ser: mulher e pelo meu currículo, pois me dediquei muito aos estudos”, concluiu.
História
O Dia Internacional da Mulher é uma data comemorativa que foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na década de 1970. A data
simboliza a luta histórica das mulheres para terem as condições equiparadas às dos homens.
Inicialmente, a comemoração remetia à reivindicação por igualdade salarial, mas, atualmente, simboliza a luta das mulheres não apenas contra a desigualdade salarial, mas também contra o machismo, violência e o assédio.
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