Crime Político no Vale do Jequitinhonha: PCMG Prende Mandante e Executor de Atentados Contra Vereador
Suspeitos, de 31 e 62 anos, foram presos preventivamente em Novo Cruzeiro. O mandante era o suplente imediato do vereador e visava a vacância do cargo pela morte do parlamentar.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) desvendou um grave caso de violência política em Novo Cruzeiro, no Vale do Jequitinhonha. Dois homens, um de 31 anos (apontado como executor) e outro de 62 anos (apontado como mandante), foram presos preventivamente. Eles são investigados por atentados contra a vida de um vereador do município, que ocorreram em 15 de outubro e 11 de novembro deste ano.
A investigação, conduzida pela Delegacia em Novo Cruzeiro, utilizou análise de câmeras de segurança, oitivas de testemunhas e trabalhos de campo para desvendar a trama.
- Motivação: As apurações indicaram uma clara motivação política. O mandante é o suplente imediato do vereador na Câmara Municipal e tinha interesse direto na vacância do cargo, que seria aberta caso o parlamentar fosse morto.
- Monitoramento: A vítima vinha sendo monitorada e seguida em diferentes datas, especialmente nos dias de sessões legislativas, quando retornava para sua residência na zona rural.
A Intensidade dos Ataques
Os atentados demonstraram a escalada da violência e o objetivo de eliminar ou intimidar o vereador e sua família:
- Primeiro Ataque (15/10): O executor disparou contra a vítima, que conseguiu fugir e se esconder em uma área de mata.
- Segundo Ataque (11/11): A residência do vereador foi novamente alvo, onde o veículo do caseiro foi incendiado. Estojos deflagrados foram deixados no local como forma de intimidação à família.
Ação Policial e Apreensões
Durante a operação, a PCMG cumpriu mandado de busca e apreensão, resultando na apreensão de uma arma de fogo, munições, objetos relacionados à prática criminosa e aparelhos celulares. Esses itens passarão por perícia para auxiliar na conclusão do inquérito.
O delegado Richard Gutemberg Silva ressaltou a gravidade da situação: “A investigação demonstrou que havia um plano estruturado para eliminar um representante eleito e alterar, pela violência, o curso normal da atividade legislativa.”
Conclusão: Resposta Rápida Contra a Violência Política
Diante das evidências, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva dos investigados, que foi deferida pela Justiça. Após os procedimentos de polícia judiciária, a dupla foi encaminhada ao sistema prisional. A atuação técnica, rápida e firme da PCMG impediu que o propósito criminoso de alterar o curso legislativo pela violência se concretizasse.

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