Polícia Civil investiga incêndio que devastou dois mil hectares de área protegida em João Pinheiro
Nessa última quarta-feira (11) a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) está investigando um incêndio de grandes proporções que destruiu cerca de dois mil hectares de vegetação, incluindo áreas de proteção ambiental e uma floresta de eucaliptos, na zona rural de João Pinheiro, no Noroeste do estado. O incêndio, que equivale a uma área de cerca de três mil campos de futebol, é suspeito de ter sido criminoso, possivelmente causado para a limpeza de terrenos para atividades agropecuárias.
O fogo, que se alastrou devido à forte estiagem, atingiu parte do bioma do cerrado e um curso d’água da bacia hidrográfica do Rio São Francisco. Testemunhas afirmam que os responsáveis por uma propriedade rural próxima já vinham utilizando fogo para limpeza de terreno, sempre no final da tarde. Desta vez, as chamas fugiram de controle e consumiram a mata e a plantação por mais de 24 horas, sendo necessário o auxílio de cerca de 30 pessoas, além de tratores, caminhões e uma aeronave para conter o incêndio.
A PCMG, com apoio de imagens de satélite, está investigando a origem do incêndio. A perícia foi acionada para comprovar a materialidade do crime e identificar o local de início das chamas. A delegada Bianca Landau Braile, chefe do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), destacou o uso de novas tecnologias, como o monitoramento via satélite, que permitem localizar com precisão os focos iniciais do fogo.
Os responsáveis, uma vez identificados, responderão pelo artigo 41 da Lei 9605/98, que trata de crimes ambientais. A pena para quem provoca incêndio em matas ou florestas pode chegar a quatro anos de prisão.
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