Gás de cozinha é encontrado em João Pinheiro, com preço entre R$ 115 e R$ 130
Repasse das distribuidoras ainda não chegou em João Pinheiro e preço do botijão de 13 kg varia de acordo com a região e com a forma de entrega
Após o anúncio da Petrobrás sobre a redução do preço do gás GLP vendido às distribuidoras, é esperado que as, revendedoras em João Pinheiro, pratiquem os novos valores.
A reportagem do Sputnik Voz do Povo, sondou empresas do setor no município, nessa sexta-feira (19), e não encontrou ofertas muito diferentes: dependendo da região e da forma de entrega, é possível encontrar botijão de gás de 13kg de R$ 115 até R$ 130.
Para garantir preços mais atraentes, por enquanto, o consumidor precisa pesquisar bastante.
Na Rural Minas, o Guará Gás, o desconto vai chegar na próxima segunda-feira (22) afirmou o proprietário. O botijão, que era vendido a R$ 115, vai passar para R$ 110.
Na cidade, as revendedoras consultadas pelo Sputnik Voz do Povo, afirmaram ainda não ter recebido a nova remessa, com os novos preços, com previsão de chegada e queda nos preços para a próxima semana.
Na Rede de Supermercados Líder, é possível encontrar botijão a R$ 124,90, com entrega R$ 128,90, como é o caso das demais revendedoras ainda trabalha com a remessa antiga e prever o desconto da distribuidora para a próxima semana.
Na revendedora, 3030 Gás, no centro de João Pinheiro, é praticado o preço de R$ 124,90 para retirada e R$ 128, para entrega. A empresa ainda não recebeu a nova remessa com repasse de preço pela distribuidora, mas neste próximo sábado (20), vai fazer uma redução em mais de R$ 10.00, no preço do Gás de cozinha. Preço do p13 R$ 119,90 para entrega e R$ 116,90 para retirada na loja.
Com o levantamento foi possível encontrar gás a partir de R$ 115,00 até R$ 130,00 com previsão de redução nos preços para a próxima semana no município de João Pinheiro.
De acordo com matéria publicada pelo O Tempo, poderia ser ainda mais barato
A redução anunciada pela Petrobras esta semana acontece junto com a exclusão da política de preços baseada no Preço de Paridade de Importação (PPI). Essa fórmula, aplicada também na gasolina e no diesel, era utilizada desde 2016 e levava em conta cálculos do mercado internacional, frete marítimo, preço do dólar, taxas portuárias, e afins. Pesquisas mostram que, desde que o PPI começou a ser utilizado, o preço do gás de cozinha aumentou quase 300%.
O governo ainda não explicou como vai ser o novo cálculo. Mas, segundo levantamento do Observatório Social do Petróleo (OSP), desde março de 2022, a Petrobras praticava um preço muito maior que o próprio PPI. Hoje, mesmo com o desconto anunciado (de R$ 8,97), o botijão vendido às distribuidoras passou a custar R$ 32,96, um valor ainda acima do PPI, que está em 30,78, segundo a última publicação da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Por isso, na opinião de especialistas, é possível abaixar ainda mais.
Para o economista do OSP Eric Gil Dantas, o PPI foi uma “tragédia” para o gás GLP. “Em 2022, a gente teve o menor consumo de GLP em uma década, as pessoas passaram a consumir menos, isso acontece porque é um produto com uma sensibilidade muito forte ao preço”, diz.
Eric lembra que o gás de cozinha tem um apelo muito mais social do que os combustíveis como gasolina e diesel, e que ele não deveria estar na mesma “caixinha” de cálculos. “A gente não vai deixar de trabalhar, os caminhoneiros não deixam de entregar os produtos por conta do preço dos combustíveis. Já o GLP não, ele é bem sensível. Em 2018, quando o GLP já tinha tido uma subida, o consumo tinha caído muito, por exemplo”, comenta.
O economista explica que o impacto do preço do gás para o consumidor é muito maior, e atinge classes sociais de formas diferentes. Uma pessoa que tem um microondas e uma fritadeira elétrica para fazer comida, por exemplo, consegue usá-los para substituir o fogão a gás por um tempo. Já nas classes mais marginalizadas, há formas mais primárias para a substituição. “Nas classes baixas, a gente observa um aumento do consumo da lenha”, exemplifica Eric. Aliás, a lenha pode ser um risco à vida se não usada adequadamente.
Por isso, agora que o PPI deixou de ser a base, para melhorar os preços e deixá-los aceitáveis para o consumidor em geral, Eric sugere uma fórmula que inclua uma política específica para o gás GLP e mais investimentos. “É preciso ter uma política específica da Petrobras para o GLP. Além disso, é necessário ter novos investimentos, porque o Brasil tem muito gás natural no pré-sal. Infelizmente, nos últimos anos, não houve investimento necessário em criação de novos gasodutos e criação de novas unidades de processamento de gás natural para aumentar a produção de GLP”, sugere.
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