Mais de 39% dos trabalhadores atuam na informalidade

A taxa de desemprego recuou novamente no trimestre encerrado em outubro, chegando a 8,3%, a menor para este período em oito anos. A queda na comparação com agosto ficou em 0,8 ponto percentual. Isso representa um contingente de 9 milhões de pessoas desocupadas, o que é o menor número desde julho de 2015. Com relação a outubro de 2021, são quase 4 milhões de pessoas a menos a procura de trabalho.

Outro recorde foi batido no contingente de pessoas ocupadas, que aumentou 1% na comparação trimestral, somando 99,7 milhões de brasileiros, a maior quantidade da série histórica iniciada em 2012.  Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio Contínua, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE.

Mais um recuo importante foi na taxa de informalidade, que tinha alcançado recorde no ano passado e agora caiu para 39,1% dos trabalhadores. De acordo com a gerente do Pesquisa, Adriana Beringuy, isso ocorreu apesar da parcela sem carteira assinada também ter batido recorde histórico, ao somar 13,4 milhões trabalhadores.

O que equilibrou essa taxa de informalidade foi o aumento do número de empregados com carteira assinada, além da estabilidade dos trabalhadores por conta própria.

Adriana explica que esse movimento teve efeito sobre o rendimento real habitual e a massa total do país também alcançou recorde de R$ 269,5 bilhões. Além disso, a quantia por trabalhador chegou a R$ 2.754 por mês, após subir 2,9% com relação ao trimestre anterior e 4,7% na comparação anual.

O IBGE aponta ainda que as atividades que mais tiveram aumento na quantidade de trabalhadores foram as de Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas, com alta de 2,8%. Por outro lado, a maior redução foi verificada no grupamento de Alojamento e alimentação, com queda de 3,7% na comparação com o trimestre anterior.

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