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‘Round 6’: conheça a série sul-coreana que está no top 1 da Netflix e os problemas reais que está causando na vida real

Também conhecido como Squid Game, o dorama da Netflix é a atração mais assistida do streaming, no momento, em mais de 75 países. Um jogo misterioso em que 465 confinados lutam por bilhões

Confinados, 465 sul-coreanos participam de um jogo misterioso em que o prêmio de 45,6 bilhões de wones ajudará a resolver todos os seus problemas financeiros. Essa é a premissa de “Round 6”, série da Coreia do Sul que desbancou “Sex education” da primeira posição de mais vista da Netflix Brasil desde a última sexta-feira.

A história de Round 6

Com nove episódios de cerca de 1h cada, a minissérie é estrelada por Jung-jae Lee, Park Hae-Soo, Wi Ha-Joon e gira em torno de um jogo misterioso. Desesperadas por dinheiro, 456 pessoas recebem um convite para participar de uma competição cujo prêmio é 45,6 bilhões de wones, algo em torno de US$ 40 bilhões. Confinados e desesperados para sanar as dívidas, os participantes precisam jogar, uns contra os outros, jogos infantis típicos do país. Só que a brincadeira passa longe de ser ingênua. Além das nuances, quem perde paga com a própria vida.

A trama tem sido acusada de plágio por muitos telespectadores, que vêem semelhanças demais com o filme japonês “As the Gods Will”, de 2014. No Twitter, usuários apontaram que o primeiro jogo da série da Netflix tem as regras e punições exatamente iguais as do filme, que também gira em torno de brincadeiras misterioras.

Na rede social, também postaram imagens comparando cenários e fantasias das duas produções.

Em coletiva de imprensa, o showrunner Hwang Dong-hyuk falou sobre o assunto e afirmou que criou a história de “Round 6” antes da estreia do filme japonês.

“O primeiro jogo é similar, isso é verdade. Mas não existem tantas semelhanças. Eu produzi a trama de ‘Round 6’ entre 2008 e 2009, e na época escolhi o ‘Luz Vermelha, Luz Verde’ (inspirado numa brincadeira infantil local) como o primeiro jogo”, afirmouHwang Dong-hyuk.

Round 6 na Netflix: Cartão de convite para o jogo está causando problemas na vida real; entenda!

No início da trama, os participantes são abordados em uma estação de metrô e recebem um cartão bege, com três formas geométricas e um número de telefone para contato — e isso está causando polêmica na vida real.

De acordo com o site coreano MBN, o número exposto no cartão existe na vida real e pertence ao Sr. Kim, um empresário da região de Seongju, na Coreia do Sul. Desde 24 de setembro, Kim tem recebido centenas de ligações telefônicas e mensagens de texto, nas quais pessoas lhe pediram dinheiro emprestado, se ofereceram para participar do jogo e o xingaram por sua suposta conduta incorreta ao colocar pessoas endividadas em uma competição de sobrevivência.

Em entrevista à emissora SBS, o empresário citou o conteúdo de algumas mensagens que recebeu: “Tenho cerca de 1,2 bilhões de wons em dívida”, e também “Entrei em contato porque você pode mudar minha vida se eu ganhar o jogo da lula (Squid Game).”

PRODUTORA DE ROUND 6 OFERECEU INDENIZAÇÃO À VÍTIMA

De acordo com Sr. Kim, a produtora Cyron Pictures, responsável pela criação de Round 6, reconheceu o erro no processo de construção da cena, na qual um número de telefone de oito dígitos aparece. Como indenização pelos danos causados, a empresa ofereceu 1 milhão de wons (aproximadamente 847 dólares americanos) para o homem, afirmando: “Não há nada que possamos fazer sobre o [número do telefone], e parece que a única maneira é mudar o número porque foi um acidente não intencional.”

No entanto, o Sr. Kim considera que não é fácil alterar o número exposto por se tratar de um número de telefone celular comercial utilizado há 20 anos, no qual mantém contato com antigos clientes. Assim, apesar do dinheiro oferecido, a situação do empresário segue sem solução.

COREIA DO SUL TEM ESQUEMA PARA EVITAR CONFLITOS EM NÚMEROS DE TELEFONE NOS FILMES

Assim como em filmes e séries protegidos mundialmente, as atrações na Coreia do Sul também contêm cenas em que números de telefone são expostos como parte do enredo. No entanto, a exposição de informações pessoais não costuma acontecer e causar problemas como Round 6 ocasionou ao Sr. Kim — o motivo disso são as medidas de proteção à produção.

Desde 2011, o Korean Film Council opera um serviço que oferece seis linhas gratuitas de telefones fixos e celulares. É um benefício fornecido exclusivamente para exposição de números nas telas de cinema. Por este motivo, quando os espectadores ligam para os dígitos mostrados nos filmes, eles recebem a mensagem de que o número é pertencente à Korean Film Council, além de ficar apenas em toque de discagem, sem que ninguém atenda a chamada.

No entanto, Round 6 não é classificado como um filme coreano porque é uma exibição feita no streaming da Netflix, ao invés de ter sido lançado nos cinemas. Portanto, mesmo que a produtora tenha se candidatado para receber um número fictício, não poderá usá-lo, porque o serviço é operado pelo Fundo de Desenvolvimento de Filmes, que só apoia produções que vão direto para as telonas de cinema.

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Por Jeferson Sputnik Jornalista RTP 0021471/MG

Jornalista RTP 0021471/MG Radialista Social Media Mais de 100 milhões de acessos em 2022 Assessor parlamentar Câmara dos Deputados Brasília Sangue A Positivo