ANM vê risco iminente de rompimento de quatro barragens da Vale em MG
Uma inspeção realizada na última semana pela Agência Nacional de Mineração (ANM) constatou novas anomalias em quatro barragens da Vale, que estão no nível máximo de risco de rompimento. As barragens de Forquilhas I e III, entre Ouro Preto e Itabirito, Sul Superior, em Barão de Cocais, e B3/B4, São Sebastião das Águas Claras, distrito de Nova Lima conhecido como Macacos, todas em Minas Gerais, apresentam ameaça de rompimento iminente, de acordo com a agência.
Além das falhas, as chuvas que atingem o Estado desde janeiro aumentam ainda mais o risco de colapso das estruturas.
Contenção
O trabalho da Vale para mitigar as consequências de rompimentos nas barragens tem sido, basicamente, a construção de muros de contenção, segundo a mineradora.
Todas as barragens monitoradas pela ANM têm obras em andamento e a previsão da mineradora é de que os muros estejam todos prontos neste mês.
Para Forquilhas I e III, o muro será o maior e terá 315 metros de comprimento e 60 metros de altura e ficará a 11 km das barragens. Contra os rejeitos de B3/B4, em Macacos, o muro estará a 8 km da barragem e terá 190 metros de comprimento e 30 metros de altura.
Na mina de Gongo Soco, os rejeitos de um eventual rompimento da barragem Sul Superior serão contidos por um muro de 206 metros de comprimento e 36 metros de altura, a 6 quilômetros do local.
O que diz a Vale
Procurada, a mineiradora informou que, durante as chuvas, a empresa aumenta as inspeções de campo e reforça as equipes de prontidão para eventuais emergências, mas que não houve alteração nos dados técnicos das barragens citadas ao longo dos últimos meses. Em nota, a mineradora informou que todas as barragens no Estado são monitoradas por instrumentos e pelo Centro de Monitoramento Geotécnico.
Na íntegra
“Todas as barragens da Vale no Estado são monitoradas permanentemente por diversos instrumentos, como piezômetros manuais e automatizados, radares e estações robóticas, câmeras de vídeo e pelo Centro de Monitoramento Geotécnico.
Durante o período de chuvas, a empresa aumenta as inspeções de campo e reforça o número de equipes que ficam de prontidão para eventuais emergências.
A Vale reforça que não houve alteração nos dados técnicos das barragens Forquilhas I e III, Sul Superior e B3/B4 ao longo dos últimos meses e que as últimas inspeções não detectaram anomalias”.
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