Mãe e padrasto são presos acusados de asfixia a filha de 6 anos
Comoção e tristeza marcaram o sepultamento de Danielle Avelino de Oliveira, 6 anos, no sábado (10) em Jaçanã
Tristeza, revolta e mistério em torno da morte da menina Danielle Avelino de Oliveira, 6 anos, na cidade de Jaçanã, a 147 quilômetros de Natal. A criança foi encontrada morta com sinais de estrangulamento no início da noite de sexta-feira (9) dentro da casa onde morava com a mãe, o padrasto e mais quatro irmãos.
A mãe Alcilene Santos Avelino, 35 anos, e o padrasto da menina, Paulino Lopes da Silva, 34 anos, foram encaminhados para a delegacia do município de Santa Cruz, onde permanecem presos desde o sábado (10).
Segundo declaração de óbito do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep-RN), a menina foi espancada e a morte foi causada por asfixia mecânica, ou seja, as vias respiratórias foram tapadas com as mãos ou um travesseiro, por exemplo.
A polícia solicitou um exame de conjunção carnal para detectar se Danielle também sofreu violência sexual. Tanto a mãe quando o padrasto estão presos na Delegacia de Santa Cruz.
Nenhum dos dois investigados conseguiu dar detalhes concretos sobre a autoria direta do crime. “A princípio, a gente já sabe que por omissão eles já cometeram um crime, porque estavam os dois em casa, a filha estava dormindo em casa e ela apareceu morta em casa. Logo, toda responsabilidade é deles”, afirma Thyago Batista, que está a frente do caso.
A dona de casa Francisca Pereira, que mora próximo à casa do casal foi a primeira a chegar no local no dia em que a criança foi encontrada sem vida. Danielle ainda chegou a ser levada para o hospital de Jaçanã. A médica que estava de plantão constatou a morte e comunicou o fato à polícia. A PM foi acionada após os profissionais detectarem hematomas e marcas de espancamento pelo corpo da vítima.
A mãe nega participação e alegou em depoimento que Danielle teria sido agredida na escola onde estuda, informação que foi desmentida pela instituição. Um familiar da vítima, que morava em outra cidade mas costumava ir a Jaçanã para ver a criança, alegou ter percebido marcas de violência no corpo de Danielle durante uma dessas visitas. Ainda de acordo com este parente, na noite de sexta (9) ele foi alertado por um vizinho da vítima, que teria ouvido gritos próximos à casa da família da menina de 6 anos.
A prisão do casal divide opiniões na cidade. A vizinha Francisca Pereira não acredita no envolvimento da mãe na morte da filha. Uma prima da menina, Leopoldina Avelino também defende a tia, mãe de Danielle. Mas a avó de Danielle, Maria Calixto, lamenta o fato de não ter conseguido na Justiça a guarda da neta.
Dezenas de pessoas lotaram o velório e o sepultamento da menina realizados no sábado na casa da família e no cemitério público de Jaçanã.
Danielle morreu em hospital com sinais de violência
Criança morreu na cidade de Jaçanã, região Agreste do Rio Grande do Norte, na noite de sexta-feira (9). Danielle Avelino de Oliveira tinha marcas de agressões no pescoço e nas pernas quando foi socorrida. A PM foi acionada após os profissionais da unidade hospitalar detectarem hematomas e marcas de espancamento pelo corpo da vítima.
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