“Monstro no Banco dos Réus”: Filha de Idoso Acusado de Matar o Próprio Filho em João Pinheiro Clama por Justiça em Véspera de Julgamento
Amanhã, o Fórum de João Pinheiro será palco do julgamento de Arlindo Pereira Lima, 75 anos, acusado de assassinar o filho Renato Borges Pereira. Em entrevista exclusiva ao jornalista Jeferson Sputnik, a irmã da vítima, Fernanda Borges, descreve o pai como um “monstro” e revela um passado sombrio de violência, temendo que ele possa ser libertado pelo júri popular.
Amanhã, a comunidade de João Pinheiro estará voltada para o Fórum local, onde terá início o aguardado julgamento de Arlindo Pereira Lima, o idoso de 75 anos acusado de matar o próprio filho, Renato Borges Pereira, em um crime que chocou a zona rural de Ruralminas no dia 30 de agosto do ano passado. A véspera do julgamento é marcada pela angústia e pelo clamor por justiça da filha de Arlindo e irmã da vítima, Fernanda Borges, que em um relato impactante ao jornalista Jeferson Sputnik, expôs histórias de terror vividas ao lado do pai, a quem ela se refere como um “monstro”.
Fernanda não esconde o temor de que o júri popular possa absolver o réu, libertando um homem com um histórico de violência brutal. Ela detalhou ao Sputnik um passado macabro, revelando que Arlindo já teria confessado outros dois homicídios antes mesmo de conhecer sua mãe, inclusive um assassinato com mais de 50 facadas em um garimpo. Segundo Fernanda, o pai tinha prazer em reviver esses atos cruéis, narrando com frieza a agonia de suas vítimas. Ela e o irmão Renato cresceram em um lar marcado pela violência doméstica, presenciando as agressões contra a mãe.
O crime que culminou na morte de Renato Borges Pereira ocorreu na noite de um sábado, por volta das 23h53m, na residência da vítima, localizada na Rua Albertino Ferreira Costa, em Ruralminas I. A Polícia Militar, ao chegar ao local, encontrou Renato já sem vida, caído no quintal com sinais de intenso sangramento. O óbito foi confirmado pela equipe do SAMU.
A perícia técnica constatou que o homicídio ocorreu dentro da casa, sem indícios de arrombamento, sugerindo familiaridade entre autor e vítima. Manchas de sangue na porta do quarto de Arlindo reforçaram essa hipótese. Testemunhas, incluindo Fernanda e um primo, confirmaram que pai e filho estavam sozinhos no momento do crime e que a relação entre eles era tensa, agravada pelo consumo de álcool e drogas. O primo relatou ter presenciado uma discussão horas antes do ocorrido.
Na tentativa de se defender, Arlindo apresentou uma versão contraditória, alegando que um estranho teria chamado Renato, que saiu para conversar e foi encontrado morto após gritos de socorro. No entanto, as inconsistências em seu depoimento, como a mudança de detalhes sobre a localização da vítima e o estado do portão, além da presença de sangue em suas roupas e mãos – mesmo negando ter tocado no corpo – levantaram fortes suspeitas. A descoberta de um canivete com vestígios de sangue entre seus pertences, compatível com os ferimentos no peito da vítima, reforçou a acusação. A ausência de movimentação suspeita em câmeras de segurança próximas corroborou a tese de que não houve um terceiro envolvido. Diante das evidências, Arlindo foi preso em flagrante por homicídio consumado.
O relato de Fernanda ao jornalista Jeferson Sputnik adiciona uma camada ainda mais sombria ao caso. Ela descreve um histórico familiar de terror, desde o relacionamento abusivo com a mãe até a confissão dos homicídios passados e, de forma estarrecedora, o assassinato de seu noivo pelo próprio pai em 1998, também a facadas. Fernanda e Renato chegaram a visitar o pai na prisão após esse crime, em um gesto de perdão que, para Fernanda, hoje se mostra carregado de dor e arrependimento diante do brutal assassinato do irmão.
Amanhã, a justiça de João Pinheiro terá a difícil missão de julgar Arlindo Pereira Lima. A voz de Fernanda Borges ecoa o medo e a busca por justiça em nome do irmão brutalmente assassinado, clamando para que o “monstro” não volte a circular livremente, representando uma ameaça para a sociedade. A expectativa é de um julgamento tenso e carregado de emoção, onde o passado sombrio do réu e as circunstâncias cruéis da morte de Renato certamente pesarão na decisão do júri.
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