Dor Sem Fim: Família de Caminhoneiro Aguarda Há Meses por Sepultamento em Paracatu
A família do caminhoneiro Jedson Rodrigues, de 34 anos, vive um drama angustiante há mais de seis meses: a impossibilidade de enterrar o corpo do familiar, que permanece no IML de Paracatu. A situação, marcada por atrasos e falhas, revolta parentes e amigos, que sofrem com a dor da perda e com a incerteza.
Conhecido como “Gel”, Jedson desapareceu no dia 10 de fevereiro, enquanto prestava serviços para a empresa Tika Construções em uma fazenda em Paracatu. Seu caminhão foi encontrado no local, mas sem vestígios do que havia acontecido. Dez dias depois, a angústia se confirmou: o corpo do caminhoneiro foi encontrado sem vida em uma área de uma fazenda.
Para a liberação do corpo, o legista informou à família que seria necessário um exame de DNA, com previsão de resultado em até seis meses. A família acreditou na informação e esperou que o corpo pudesse ser liberado em agosto.
Recentemente, a família descobriu a verdade: o exame de DNA não havia sido enviado em fevereiro. O material só foi encaminhado em junho, o que empurra a previsão de liberação do corpo para dezembro deste ano. A cada dia que passa, a dor da família aumenta, e o que era luto se transforma em revolta e indignação.
Em um desabafo emocionado, a esposa de Jedson expressou toda a sua dor. “Estamos vivendo um verdadeiro descaso. Já sofremos com a perda, agora estamos sofrendo novamente por não conseguir enterrar meu esposo. Nós moramos aqui na Bahia e estava com tanta fé que eles tinham feito tudo certo e o corpo dele chegaria aqui. Isso dói muito!”, disse a esposa.
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