Justiça

Serial Killer “Corumbá” que Estuprava, Matava e Comia Vítimas é Condenado em Três Marias: Promotor de João Pinheiro Atua em Júri de Crime de 1999

Quase 26 anos após o brutal assassinato de Natália Carneiro, de apenas 15 anos, José Vicente Matias, conhecido como “Corumbá”, foi julgado e sentenciado a mais 19 anos de prisão. O promotor Flávio Feres, de João Pinheiro, participou do júri do crime ocorrido em Três Marias, que finalmente teve um desfecho judicial, com a presença emocionada da família da vítima.

A espera por justiça finalmente teve um capítulo decisivo hoje em Três Marias, Minas Gerais. José Vicente Matias, o “Corumbá”, notório serial killer, foi condenado a mais 19 anos de prisão pelo assassinato de Natália Canhas Carneiro, ocorrido em 4 de setembro de 1999. Este caso, que tirou a vida da jovem mineira de 15 anos, era o primeiro em sua cronologia macabra de crimes.


Um Julgamento Após Quase Três Décadas de Espera

O julgamento, que se arrastou por quase 26 anos desde o crime, enfrentou desafios significativos, principalmente a dificuldade em conseguir advogados de defesa para o réu. A complexidade do caso e a notoriedade de “Corumbá” contribuíram para a longa espera. A família de Natália, incluindo sua mãe e tias, esteve presente no tribunal, buscando o encerramento de um ciclo de dor e incerteza. O promotor Flávio Feres, da comarca de João Pinheiro, participou do júri, substituindo o promotor titular devido a circunstâncias urgentes, garantindo a continuidade do processo.

“Corumbá”, nascido em Firminópolis, Goiás, e atualmente com 58 anos, é uma figura sombria no cenário criminal brasileiro. Ele foi preso por assassinar e esquartejar seis mulheres entre 1999 e 2005, em diferentes estados do país. Mais do que os assassinatos, o caso ganhou contornos ainda mais aterrorizantes devido às práticas de canibalismo, com Corumbá ingerindo sangue e pedaços cerebrais das vítimas.


A Mente por Trás dos Crimes Hediondos

Durante os depoimentos, “Corumbá” apresentou diversas contradições, ora alegando sofrer “influências” do Diabo para matar sete mulheres, ora citando xenofobia e chacotas por sua impotência sexual como motivos. Ele já tinha passagens pela polícia por abuso sexual e atentado violento ao pudor, tendo fugido da prisão em Goiás em 1998, pouco antes de iniciar sua série de assassinatos.

As vítimas de “Corumbá” incluíram:

  • Natália Canhas Carneiro (1999), de 15 anos, morta em Três Marias (MG) – caso julgado hoje.
  • Simone Lima Pinho (2000), de 26 anos, assassinada em Lençóis (BA).
  • Lidiayne Vieira de Melo (2004), de 16 anos, morta em Goiânia (GO), com requintes de crueldade.
  • Katryn Rakitov (2004), russa-israelense de 29 anos, morta em Pirenópolis (GO).
  • Maryanne Kern (2004), turista alemã de 49 anos, morta em Barreirinhas (MA).
  • Nuria Fernandez Collada (2005), turista espanhola de 27 anos, a última vítima, morta no Maranhão.

“Corumbá” agia em cidades turísticas, utilizando-se de rituais de magia negra e canibalismo, o que dificultou as investigações devido à sua vida nômade como artesão, viajando e vendendo seus produtos.


A Prisão e as Condenações Anteriores

A série de crimes de “Corumbá” chegou ao fim em 29 de março de 2005, quando ele foi preso em Bragança, no interior do Pará, após uma denúncia anônima. Ele havia fugido para o estado depois de assassinar Nuria Fernández Collada. Sua ex-namorada, Valéria Veloso, foi crucial no reconhecimento e revelou ter viajado com ele pouco antes dos últimos assassinatos.

“Corumbá” confessou os crimes e, em alguns casos, alegou ter agido sob efeito de drogas alucinógenas. Os crimes brutais ganharam repercussão internacional, especialmente devido às três vítimas estrangeiras. Atualmente, ele cumpre pena na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia, com condenações anteriores que somam penas por homicídio qualificado e ocultação de cadáver:

  • Caso Lidiayne: Condenado em junho de 2008 a 23 anos.
  • Caso Katryn: Pena reduzida para 24 anos em agosto de 2016.
  • Caso Nuria: Condenado em maio de 2018 a 22 anos, 4 meses e 15 dias.

Com a nova condenação de mais 19 anos pelo assassinato de Natália Carneiro, a Justiça segue seu curso, buscando dar um mínimo de reparação às famílias das vítimas que tiveram suas vidas ceifadas por tamanha crueldade.

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Por Jeferson Sputnik Jornalista RTP 0021471/MG

Jornalista RTP 0021471/MG Radialista Social Media Mais de 100 milhões de acessos em 2022 Assessor parlamentar Câmara dos Deputados Brasília Sangue A Positivo

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