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Julho amarelo: o que é a hepatite infecciosa canina?

A hepatite também afeta nossos “cãopanheiros”: saiba como identificar, tratar e prevenir nesse especial Julho Amarelo. 

Julho, ou nesse caso, Julho Amarelo foi o mês escolhido pelo governo brasileiro para abordar e conscientizar sobre a hepatite infecciosa. Apesar do foco da campanha geral não estar nos bichanos, é de extrema importância que você, tutor, saiba que a doença também acomete nossos companheiros fiéis. 

A enfermidade em questão não é apenas perigosa, mas igualmente silenciosa em uma grande parte dos casos. Portanto, visando a orientação e principalmente a segurança dos cães, esse artigo irá guiar os donos para que consigam identificar, tratar e o mais importante: prevenir a hepatite. 

Primeiramente, esclareceremos sobre o Julho Amarelo e o porquê essa campanha é tão importante também para os seres humanos. Até porque, tutores precisam estar com a saúde em dia para cuidar bem do seu cãozinho, não é mesmo? 

O que é o Julho Amarelo?

Julho amarelo é o nome dado a campanha de conscientização sobre as hepatites virais. Ela foi instituída no Brasil através da Lei n.º 13.802/2019, e, segundo indica o Ministério da Saúde, o mês de julho serve para reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle dessas doenças. 

Já o termo “amarelo” está relacionado ao fígado, órgão afetado pela hepatite. Quando uma pessoa está com essa região afetada (independentemente da doença), ela tende a ficar com algumas partes do corpo amareladas.

A importância da campanha: sintomas e prevenção

No Brasil, cerca de 1 milhão de indivíduos que sofrem com essa doença sem ao menos perceber, pois os sintomas são silenciosos por boa parte do desenvolvimento dela. Por isso, movimentos de conscientização como esse são fundamentais!

Na campanha são tratados sobre os 5 tipos existentes dessa doença: A, B, C, e D, cada qual com uma particularidade, como transmissões por diferentes vias. De acordo com dados do Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig), as hepatites B e C são responsáveis por 74% dos casos, e a tipo C, é responsável por 76% dos óbitos

O principal objetivo das ações desse mês é alertar os cidadãos sobre os sintomas, a importância da busca pelo diagnóstico e os meios de transmissão. Sobre isso, o aviso é referente aos seguintes sinais: 

  • cansaço;
  • febre;
  • enjoo;
  • vômito;
  • tontura;
  • dor abdominal;
  • olhos e pele amarelados; 
  • urina escura;
  • fezes claras. 

Quanto à prevenção, o principal cuidado é atentar-se com as formas de contágio: fecal-oral, sexual, sanguínea (transfusão, compartilhamento de seringas e demais objetos perfuro-cortantes, etc.), de mãe para filho durante a gravidez e más condições de higiene da água, pessoal e de alimentos.

Existe hepatite canina? 

Sim! A hepatite canina existe, e tão importante quanto saber que dados como os que acabamos de mostrar, é saber que ela também pode afetar o seu amigo de quatro patas. 

Cuidar do bem-estar dos cães é mais do que dar banho e oferecer comidas e brinquedos — além de muito amor e carinho, é claro —, mas estar ciente da prevenção de enfermidades e levá-lo rotineiramente a um médico veterinário. 

Transmissão

Nos cachorros, a hepatite é causada pelo adenovírus canino tipo 1 (CAV-1), relata o médico-veterinário e gerente técnico da MSD Saúde Animal, Márcio Barboza. Ela também é conhecida como doença de Rubarth, e, além disso, é válido lembrar que a hepatite canina é transmitida de cão para cão, e nesses casos, os humanos estão a salvo. 

Por se tratar de um vírus, o contágio é fácil, alto e rápido, e ocorre principalmente por saliva, secreção nasal, urina, fezes e até mesmo em consequência da leptospirose ou toxoplasmose. 

Assim como nos seres humanos, o fígado é o órgão acometido pela doença, a qual se manifesta em mais de uma forma: 

  • Subclínica: tipo mais leve, o próprio organismo do animal se defende sozinho, e por esse motivo pode passar despercebida na maioria dos casos, ou então, apresentar-se em leves sintomas. 
  • Aguda: sintomas variáveis e bem presentes. Nesses casos, o acompanhamento veterinário durante 1 semana é imprescindível, caso contrário, o cão pode vir a óbito. 
  • Hiperaguda: forma mais acentuada da doença e de desenvolvimento rápido. Desse modo, geralmente não é possível curar o pet a tempo, fazendo com que ele faleça devido a essa condição. 

Sintomas  

Os sintomas é uma das informações mais necessárias qualquer doença, pois é a partir deles que você pode (e deve!)  buscar ajuda, portanto, caso seu cão apresente alguns dos sinais abaixo, corra com ele até uma clínica veterinária: 

  • aumento da língua;
  • aumento da temperatura;
  • vômito;
  • diarreia; 
  • sede maior do que o usual;
  • apatia;
  • tosse;
  • sangramento; 
  • conjuntivite;
  • alterações neurológicas (convulsão, tremores, desorientação, andar em círculos, cegueira, pressionar a cabeça contra a parede); 

A hepatite canina tem cura? 

Felizmente, sim! A cura da hepatite canina existe e o tratamento é conduzido depois do diagnóstico devidamente feito por um veterinário. Lembre-se de que orientações através da internet, assim como essa, servem para dar um parâmetro geral, e nunca substituirá o auxílio de um profissional particular, ok? 

Após a conclusão médica, o tratamento consiste principalmente em fortalecer o fígado com a administração de soro juntamente a suplementos vitamínicos. Além disso, para inibir sintomas como vômito e diarreia, o profissional prescreve outros medicamentos específicos. Em casos mais graves, a transfusão de sangue também fará parte do tratamento. 

Previna seu pet! 

O tratamento precoce é um indicador de que ele será bem-sucedido, e a possibilidade de cura é mesmo animadora, mas nenhuma intervenção será tão eficiente quanto a prevenção. Afinal, diminuir as chances de doenças é garantir a segurança física do pet. 

Mas como prevenir a hepatite canina? Em entrevista à TV UFMG, o especialista Rubens Carneiro diz ser os próprios médicos veterinários. Mais especificamente, levar os bichanos às consultas para se certificar de que todas as vacinas estão em dia. 

Vacinas preventivas: 

  • polivalente óctupla (V8) ou déctupla (V10) aos 45 dias de vida e duas doses em 3 a 4 meses + reforço anual. Nos adultos nunca vacinados, segue a mesma orientação. 

Apesar do tratamento e da cura, no primeiro sinal de qualquer um dos sintomas, leve seu cão a um Hospital Veterinário 24h, pois a hepatite causa danos a um dos órgãos vitais mais importantes. Os cuidados com ele são tão significativos, que se não cuidarmos, problemas neurológicos podem aparecer, além dos danos físicos no geral. 

Cuide do seu companheiro e leve-o a uma consulta de rotina nesse mês de julho, e no mínimo a cada 6 meses, pois essa também é uma forma de amor! 

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Por Jeferson Sputnik Jornalista RTP 0021471/MG

Jornalista RTP 0021471/MG Radialista Social Media Mais de 100 milhões de acessos em 2022 Assessor parlamentar Câmara dos Deputados Brasília Sangue A Positivo