Profissionais de segurança pública recebem nova capacitação
Treinamento prepara agentes para utilizar a tonfa, arma não letal vantajosa em ambientes restritos
A Superintendência Educacional de Segurança Pública (Sesg), vinculada à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), está capacitando profissionais para o uso da tonfa, arma secular e não letal, de menor potencial ofensivo e especialmente vantajosa em espaços restritos, como aqueles de unidades prisionais e socioeducativas.
O primeiro curso de imobilização com tonfa foi ministrado na segunda-feira (20/7), na Penitenciária de Ribeirão das Neves I – José Maria Alkimin, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Participaram das aulas técnicas 70 policiais penais de várias unidades prisionais, outros 20 lotados no Comando de Operações Especiais (Cope) do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), 30 agentes de segurança socioeducativa e quatro policiais civis, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
Formato
Com quatro horas de duração, o treinamento segue o formato de “aulão”, que vem sendo empregado em diversas capacitações para policiais penais do Depen-MG desde o primeiro semestre de 2021. O modelo busca qualificar o máximo de servidores, de todas as Regiões Integradas de Segurança Pública (Risps), em um curto período de tempo, por meio de ensinamentos práticos e teóricos. A expectativa é promover novas formações para o uso da tonfa.
Segundo o instrutor do curso, o policial penal Daniel Jarrão, lotado na SESG, “os ‘aulões’ são uma proposta da gestão do secretário Rogério Greco, visando treinar continuamente os profissionais da segurança para o seu dia a dia”. “A ideia é formar os agentes para o combate confinado, e aprimorar essas técnicas para garantir que os policiais penais e os agentes socioeducativos possam se defender e continuar mantendo a ordem nas unidades onde atuam”, explica.
Multiplicação
O policial penal da Penitenciária de Unaí I e participante do treinamento, Gustavo Neves Soares, aprova os moldes de qualificação adotados pela Superintendência Educacional de Segurança Pública. “Atualmente, Minas capacita multiplicadores para que o conhecimento possa ser repassado nas unidades prisionais de todo o estado. Em Unaí, precisamos desse conteúdo especialmente pela distância que estamos da capital”, relata.
Também instrutor de tonfa no Cope, em BH, o policial penal José Gonçalves Pereira destaca os benefícios na formação de profissionais qualificados. “Quando você capacita o companheiro, ganha uma pessoa que estará ao seu lado, que poderá te salvar ou te ajudar em uma situação de crise. A tonfa é uma extensão do braço do policial, que permite a ele se proteger e imobilizar o preso sem causar nenhuma lesão grave”, observa.
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