Eleição para presidência da câmara será presencial no dia 1° de fevereiro
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu nesta segunda-feira (18), em uma reunião no Congresso, que a eleição para a escolha do novo presidente da Casa será no dia 1º de fevereiro.
A data é um dia antes do que pretendia o atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A Mesa também definiu que a eleição será presencial. Devido à pandemia de Covid-19, a maioria das reuniões da Câmara vem sendo realizadas virtualmente ou semi-presencialmente.
O regimento interno da Câmara não define uma data para a eleição da Mesa Diretora no terceiro ano do mandato, como é o caso do pleito deste ano. Diz somente que tem de acontecer até 2 de fevereiro, data em que os trabalhos legislativos têm de ser retomados após o recesso parlamentar.
A data de 1º de fevereiro era defendida pelos aliados do deputado Arthur Lira (PP-AL), um dos candidatos na disputa, para coincidir com a eleição no Senado, que deve ser no primeiro dia do mês que vem.
A decisão sobre a data reflete a composição da Mesa da Câmara. Quatro dos sete membros são de partidos que estão no mesmo bloco de Lira. O candidato apoiado por Maia para o comando da Casa é Baleia Rossi (MDB-SP).
As medidas sobre a votação foram tomadas pela Mesa por um placar de 4 votos a 3. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi um dos que se opuseram à votação presencial.
Ele defendia que fosse adotado um sistema híbrido, em que os deputados que pertencem a grupos de risco para a Covid-19 pudessem ter a opção de votar remotamente, por meio de aplicativo, como já aconteceu nas sessões em 2020.
A votação para eleição da Câmara envolve 513 deputados e tem que ser secreta. Se um candidato não obtiver a maioria da Casa na primeira votação, é realizado segundo turno.
A eleição para escolher o comando da Câmara sempre foi presencial. Várias cabines de votação, fechadas com cortinas para preservar o sigilo do voto, eram instaladas no fundo do plenário da Câmara, e longas filas de deputados se formavam à espera da vez de terem acesso às urnas. O processo podia levar algumas horas.
Agora, para evitar aglomeração no plenário, as cabines serão distribuídas pelo Salão Verde e pelo Salão Nobre, a fim de garantir o distanciamento social entre os parlamentares, conforme determinam as medidas de segurança sanitária para evitar o contágio por Covid-19.
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