Mil contra oito foi o cenário de guerra entre Polícia Militar e populares em Lagoa Grande

O cenário de guerra teve início quando os militares, em Lagoa Grande, realizavam rondas preventivas, após o resultado das eleições municipais.

Na praça Adalto Araújo, era comemorado por mais de mil participantes, a vitória do candidato a prefeito e seu vice, que deixaram o local em determinado momento e sem a presença dos mesmo a festa continuou normalmente.

A grande confusão teve início quando os militares perceberam, que bombas eram arremessadas no meio do público, colocando os populares em risco.

Com a grande quantidade de populares no local os autores lançavam artefatos e se escondiam ao meio do tumulto, mas em determinado momento os militares perceberam alguns jovens em atitude suspeita e fizeram a abordagem dos mesmos.

Enquanto os militares, realizavam a abordagem uma senhora identificada como Luíza Ferreira dos Santos, começou a filmar os militares e a não respeitar a área de segurança, logo um dos militares solicitou a mulher, que ela se identificasse, onde a mesma se negou e começou a proferir ofensas e palavrões contra os militares, sendo a mesma preso por desacato a autoridade.

A mulher muito nervosa resistiu ao ser conduzida para a viatura, situação que inflamou a multidão contra os policiais, sendo hostilizados com vaias e xingamentos.

Diante da situação que se inflamava cada vez mais, os militares se deslocaram rapidamente com a mulher até a viatura, colocando-lhe dentro do compartimento de condução. Neste momento uma garrafa de cerveja foi arremessada contra a viatura, sendo seguida de uma grande chuva de objetos, incluindo garrafas, latas de cerveja, pedras e bombas. Os militares ficaram presos entre um muro e a viatura que era o único escudo que protegia os mesmos.

A situação perdeu o controle e o que era uma multidão comemorando uma vitória eleitoral, se tornou uma guerra de mil contra oito.

Os militares davam gritos de ordem, na tentativa de conter a situação que se agrava a cada instante, diante das negativas de obediência, e dos ataques os militares revidaram, com granadas de agentes químicos, lançadores, bastões e com munições de elastômero.

Em meio a multidão surgiu uma mulher proferindo dizeres “Tinha que matar esses policiais”, é indo em direção a viatura com o intuito de liberta a primeira mulher detida.

A mulher identificada como ROSÂNIA GONÇALVES DOS SANTOS, precisou ser contida com uso de força física pelos militares, sendo colocada junto a amiga da mesma no compartimento da viatura.

Diante da situação e os militares adentraram a viatura e saíram em direção ao quartel, sendo cercados por alguns dos autores das agressões, sendo necessário uso de agentes químicos para possibilitar a passagem da viatura. Já no quartel, homens surgiram ameaçando fazer uso de arma de fogo contra os militares.

Ruas próximo ao quartel foram isoladas e foi solicitado reforço policial a cidade de Patos de Minas, terminando assim a guerra dos mil contra oito.

Um homem identificado somente como ELMIRO também foi preso, acusado de ter sido um dos envolvidos no inicio da ação contra os militares.

Três pessoas, presas, 13 artefatos explosivos apreendido, todas encaminhados a justiça para demais providencias.

Informação de que varias pessoas deram entrada com ferimentos no hospital da cidade inclusive uma criança de 10 anos.