MPMG combate quadrilha que causava prejuízos ao setor calçadista de Nova Serrana e região
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Nova Serrana, na região Central do estado, realizou no dia, 27 de janeiro, duas operações com mandados de prisão e de busca e apreensão, que foram cumpridos nos municípios de Nova Serrana, Divinópolis, Martinho Campos, Varginha, Belo Horizonte, Contagem, Caetanópolis, Teófilo Otoni e Abaeté. Alguns dos mandados foram cumpridos também no estado do Rio de Janeiro.
Os alvos são integrantes de uma quadrilha que, segundo apurado, causava prejuízos ao setor calçadista de Nova Serrana e atuava também com o tráfico de drogas na região.
Foram cumpridos 36 mandados de prisão e 63, de busca e apreensão. Quarenta e três pessoas foram presas, sendo 7 delas em flagrante. Foi apreendida uma arma de fogo, munições, maconha, cocaína, ecstasy, cerca de R$ 59 mil em cheques e dinheiro em espécie, três motocicletas, um carro, 30 celulares, quatro balanças de precisão, dois notebooks, entre outros materiais.
As fases ostensivas das operações Covil de Ladrões e Hidra têm como alvo a mesma quadrilha. Segundo o MPMG, a organização criminosa praticava furtos e roubos a mão armada a depósitos, fábricas e transportadoras de calçados de Nova Serrana. Além disso, conforme as investigações, aplicava golpes em comerciantes, fabricantes e fornecedores de matéria prima para os calçadistas da região. Outra parte da quadrilha atuava com foco no tráfico de drogas, realizando o comércio de entorpecentes na modalidade “disque-droga”.
Investigações
Após a primeira fase da Operação Covil de Ladrões, desencadeada em dezembro de 2018, alguns dos denunciados procuraram a 3ª Promotoria de Justiça de Nova Serrana manifestando interesse em colaborar com a Justiça. A partir das colaborações premiadas, judicialmente homologadas, o MPMG, com o apoio das Polícias Militar e Civil, aprofundou as investigações sobre outros elementos vinculados à organização criminosa.
Durante os trabalhos, ficou evidente a atuação de um outro grupo com foco no tráfico de drogas. Desde então, foram identificados quase 60 integrantes da quadrilha.
Dessa forma, de acordo com o MPMG, em setembro de 2019, acabou sendo também estabelecida a Operação Hidra em referência ao monstro da mitologia grega com corpo de dragão e várias cabeças de serpente – visto ter sido observada a existência de vários “cabeças”, pequenas lideranças do crime. Neste período, foram identificadas pelo menos 23 pessoas envolvidas na “associação criminosa”.
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