Exploração de Caminhoneiros por Grandes Empresas: O Problema do Uso de Drogas nas Estradas
Grandes Empresas Ficam Impunes Enquanto Motoristas Sofrem Consequências Fatais
Uma investigação minuciosa do Estradas revela uma realidade sombria que assola as estradas do país: o tráfico de drogas entre caminhoneiros, impulsionado pela pressão e exploração exercidas pelas grandes empresas do setor. Todos os dias, acidentes fatais ocorrem nas estradas, com a fadiga resultante da pressão por jornadas excessivas e o uso de drogas como principais causas.
O início das autuações de condutores com exame toxicológico vencido, previsto para esta quarta-feira (1º de maio), é uma medida importante, porém insuficiente diante da impunidade das empresas que forçam os motoristas a dirigir sem descanso, muitas vezes sob o efeito de substâncias ilícitas.
Um exemplo recente choca pela sua tragédia e revela a face mais cruel dessa realidade: um caminhoneiro, empregado do Grupo Brasil Novo, faleceu na Fernão Dias (BR-381), em Betim (MG), provavelmente vítima de overdose de cocaína, após dirigir por mais de 16 horas sem descanso. Este é apenas um dos muitos casos de motoristas que, pressionados pelos empregadores, recorrem ao uso de drogas para cumprir horários abusivos.
O tráfico de drogas e a exploração dos caminhoneiros por grandes empresas não se limitam ao setor de cargas. Recentemente, um motorista de ônibus da Santur, envolvido em um acidente fatal que deixou sete mortos e 32 feridos, foi autuado por diversas irregularidades, incluindo o não cumprimento do exame toxicológico obrigatório.
A falta de responsabilidade das empresas é escancarada quando mais de 3 milhões de condutores estão com o exame toxicológico vencido, conforme revela a Senatran. Para o coordenador do SOS Estradas, Rodolfo Rizzotto, é fundamental que as empresas sejam responsabilizadas pelas tragédias que ocorrem devido à negligência com a segurança viária e à exploração dos motoristas.
O Ministério Público do Trabalho tem o dever de investigar esses casos e garantir que as empresas sejam responsabilizadas por suas práticas irresponsáveis. A segurança nas estradas e a vida dos motoristas estão em jogo, e a impunidade das grandes empresas não pode mais ser tolerada.
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