Saiba o que escreveu Lázaro Barbosa na carta ensanguentada achada no seu bolso
A Secretaria de Segurança Pública de Goiás divulgou o conteúdo de uma carta escrita por Lázaro Barbosa enquanto esteve foragido. O bilhete foi encontrado no bolso do criminoso no dia que foi morto, em Águas Lindas de Goiás.
Em um dos trechos, ele diz que está sem munição e também que não iria se entregar. O serial killer oferecia R$ 500 para pessoa que fosse pegar novas munições para ele; polícia apura quem seria o destinatário da carta
Leia na íntegra
“Oi Jil, olha mano velho eu fui numa fita que deu mó peteco como vc mesmo deve ta vendo o cara tava armado, e antes de eu conseguir enquadrar a vitima ainda consegui avisar uma pessoa que quando eu vi já foi só os tiros. Deu essa p… aí, olha tem um monte de mentira rolando, vejo na TV as vezes, mas isso só daria pra falar se fosse pessoalmente. Mano não vou me entregar, pois além do caso (…) tem muita coisa que tão querendo botar pra mim, e eles tão me caçando como caça viado, já tive 2 confronto com eles e to zerado de munição, cara por favor arruma o tanto de munição de 38 e 380 pra mim, eu tenho 35 munição de 380 lá naquele barraco que eu tava ve com a (oculta nome) pra pegar para mim eu voou te adiantar 500 reais por esse corre por favor mano não me deixa na mão não pois se eu não arrumar comprado eu vou ter que ir atrás e pode morrer mais gente e isso não pode acontecer, eu só quero que eles não cheguem perto de mim que são muitos e tão só pra matar. Se tu for me ajudar vem pegar a grana se não rasga. Falou, to na (ocultado).
Antes de chacina, Lázaro Barbosa roubou R$6 mil de caseiro e atirou em grávida no Distrito Federal
Crime contra caseiro teria acontecido no dia 11 de maio.
O dinheiro era do caseiro Uildson Rodrigues Lopes, de 25 anos, e da mulher dele. Uildson e família viveram momentos de pânico quando estava sob a mira do revólver do criminoso, morto em Águas Lindas de Goiás, entorno do DF.
O caseiro não sabia quem tinha entrado na sua residência e quase matado a mulher dele e a filha, até as primeiras fotos de Lázaro serem divulgadas após a chacina. A bala passou pelo joelho da mulher e raspou na menina de apenas três anos. “Eu o reconheci. Totalmente certeza que era o Lázaro, porque no dia que ele rendeu a gente, eu observei que no rosto dele tinha uma pequena cicatriz. Até registrei esse detalhe na ocorrência policial. A altura dele, uns 1,80m e tinha uma barba rala. Tenho totalmente certeza”.
O caseiro, que se mudou para uma cidade no interior de Minas Gerais depois do trauma, explicou que Lázaro chegou sozinho à chácara por volta das 19h do dia 11 de maio deste ano. Armado, abordou o cunhado de Uildson e anunciou o assalto, rendendo três adultos e duas crianças no interior da casa.
Uildson lembrou que o psicopata trajava um colete balístico e estava armado com um revólver calibre 38, uma faca e muito nervoso. “Chegou exigindo dinheiro, armas, celulares e tudo de valor que havia na propriedade”, diz.
“Ele já estava vigiando a gente do mato. Os cachorros estavam latindo e nós não demos importância. Pediu até as notas fiscais dos telefones celulares”, lembra. Lázaro ficou na propriedade por cerca de três horas. Antes de sair, deu uma coronhada na cabeça do cunhado de Uildson, que levou cinco pontos.
Desempregado desde que foi vítima do psicopata, Uildson acompanhou a fuga e a morte de Lázaro. “Como ele já morreu, não tenho mais como recuperar o que ele me levou. Se tivessem pego ele vivo, até que eu iria, mas já morreu mesmo”, desabafa. Investigadores da 23ª Delegacia de Polícia (P Sul), onde foi registrada a ocorrência, devem colher nos próximos dias o depoimento do caseiro.
Após a morte de Lázaro Barbosa durante troca de tiros na segunda-feira (28), a polícia encontrou vários itens dentro da mochila do criminoso. O ‘serial killer de Brasília’, como ficou conhecido nas redes sociais, passou 20 dias fugindo de uma força-tarefa com mais de 270 agentes, em Águas Lindas de Goiás. Aos 32 anos, ele fugiu três vezes da prisão e era acusado de diversos
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