Donald Trump Anuncia Ataque a Usinas Nucleares do Irã; Conflito no Oriente Médio se Agrava

Presidente dos EUA divulga em redes sociais bombardeio a Fordow, Natanz e Esfahan, afirmando que militares já deixaram o espaço aéreo iraniano. Ação ocorre após ameaças do Iêmen e em meio a escalada de tensões com Israel.

O cenário geopolítico no Oriente Médio se agravou dramaticamente neste sábado, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciando em suas redes sociais um ataque a três usinas nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Esfahan. Segundo Trump, os bombardeios foram realizados por militares norte-americanos, que, de acordo com ele, já estariam fora do espaço aéreo iraniano. A usina de Fordow teria sido o principal alvo.

“Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. Agora é a hora de paz!”, declarou Trump, classificando a missão como um “grande sucesso”.

O anúncio do ataque ocorre em um contexto de escalada de tensões na região. Mais cedo, neste sábado, as Forças Armadas do Iêmen ameaçaram atacar barcos dos Estados Unidos no Mar Vermelho caso o governo de Donald Trump decidisse entrar diretamente na guerra entre Israel e Irã. O porta-voz do Exército do Iêmen, Yahya Saree, afirmou em rede social que os militares estariam de prontidão para atacar navios comerciais e de guerra dos EUA na região, caso houvesse envolvimento americano em um ataque contra o Irã.

A agência de notícias Reuters também informou, neste sábado, que bombardeiros B-2, capazes de perfurar bunkers, estariam sendo deslocados para a Ilha de Guam, no Pacífico, segundo autoridades americanas.

O Conflito e as Acusações Nucleares:

A tensão na região intensificou-se no último dia 13, quando Israel lançou um ataque surpresa contra o Irã, acusando o país de estar próximo de desenvolver uma arma nuclear e expandindo a guerra no Oriente Médio.

O Irã, por sua vez, sempre afirmou que seu programa nuclear tem apenas fins pacíficos e que estava em negociação com os Estados Unidos para acordos que garantissem o cumprimento do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual é signatário.

No entanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) vinha acusando o Irã de não cumprir todas as suas obrigações, embora reconheça não ter provas concretas de que o país esteja construindo uma bomba atômica. O Irã, por sua vez, acusa a AIEA de agir de forma “politicamente motivada” e sob a influência de potências ocidentais como EUA, França e Grã-Bretanha, que têm apoiado Israel.

Ainda em março, o setor de Inteligência dos Estados Unidos havia afirmado que o Irã não estava construindo armas nucleares, informação que agora é publicamente questionada pelo próprio presidente Donald Trump. A situação é complexa, com diversas fontes históricas indicando que Israel mantém um amplo programa nuclear secreto desde a década de 1950, que teria desenvolvido pelo menos 90 ogivas atômicas.

O ataque anunciado por Trump adiciona uma nova e perigosa camada a um conflito já volátil no Oriente Médio, com implicações globais incertas.