Derramamento de Esgoto in Natura no Córrego Rico: Descaso Ambiental em Paracatu
Poluição há mais de 15 dias coloca em risco a saúde da população e prejudica o ecossistema
A Polícia Militar de Meio Ambiente atendeu a uma grave ocorrência de derramamento de esgoto in natura no Córrego Rico, em Paracatu-MG, após diversas denúncias de moradores revoltados com o descaso da COPASA. Segundo as informações, o problema já se arrastava há mais de 15 dias, afetando diretamente o meio ambiente e comprometendo a qualidade de vida dos residentes locais.
Esgoto a céu aberto: um crime contra a natureza
A primeira denúncia partiu de uma moradora do bairro Chapadinha, que, pelas redes sociais, relatou o rompimento de uma adutora de esgoto da COPASA. No local, os militares constataram que os efluentes estavam sendo despejados diretamente no Córrego Rico, sem qualquer tratamento. Uma vala improvisada foi aberta para direcionar o esgoto, aumentando ainda mais o impacto ambiental.
Nova denúncia agrava a situação
Enquanto atendiam a ocorrência, os agentes receberam outra denúncia vinda do bairro Santana, onde um vídeo do programa Repórter da Cidade, apresentado por Geraldo Júnior, mostrava o despejo de esgoto na Rua Honório Silva. No entanto, ao chegar no local, a equipe verificou que a COPASA havia realizado manutenção recente na rede, cessando o vazamento e restaurando a coloração natural da água.
Impactos ambientais e riscos para a população
Nos locais mais afetados, a fiscalização apontou sérios danos ambientais: ✅ Turbidez na água, que ficou com coloração escura; ✅ Odor fétido, facilitando a proliferação de insetos e roedores; ✅ Risco à saúde pública, com a contaminação de recursos hídricos essenciais para a população.
A resposta da COPASA e as medidas adotadas
Ao ser acionada, a COPASA informou que o gerente local estava de férias e encaminhou a demanda para outro responsável, mas a PM de Meio Ambiente não obteve retorno. Diante da situação alarmante, a equipe aplicou uma multa de 2.500 UFEMGs, equivalente a aproximadamente R$ 14.000,00, com base no Decreto 47.383/2018. A empresa também foi notificada formalmente sobre o prazo para apresentação de defesa.
População pede providências urgentes
A revolta dos moradores cresce a cada dia diante do descaso com o saneamento básico. Muitos temem pelo impacto na saúde, especialmente de crianças e idosos, mais vulneráveis às doenças causadas pelo contato com águas contaminadas. A comunidade cobra uma solução definitiva e reforça a importância da fiscalização constante para evitar novos desastres ambientais.
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