Polícia Civil prende suspeito de perseguir jornalista
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante, nessa terça-feira (21/3), um homem, de 42 anos, suspeito de ameaçar e perseguir incessantemente uma jornalista, apresentadora de programa de televisão, em Belo Horizonte.
No início do mês, a vítima procurou a 1ª Delegacia Especializada de Investigação de Crimes Cibernéticos (DEICC) – do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes (Deccof) – e relatou que desde o final do ano passado estava sendo perseguida pelo homem tanto nas redes sociais quanto em locais que costumava frequentar.
Com a instauração do inquérito policial, o suspeito foi rapidamente identificado. Ontem, a vítima voltou a procurar a Polícia Civil e notificou que havia visto o investigado ao sair do local de trabalho.
Imediatamente, uma equipe da PCMG compareceu ao endereço, mas ele não foi localizado em um primeiro momento. No local, os policiais apreenderam uma carta, deixada por ele em um restaurante frequentado pela vítima, com várias passagens em tom de ameaça, tais como “de repente faço as coisas sem pensar”; “a minha cabeça não pensa mais, só te quero!”; “se quiser te pego toda”; e “agora tenho que fazer carnificina”.
Após a equipe policial deixar o local, o suspeito apagou algumas das mensagens nas redes sociais que teria acabado de mandar para a vítima e ainda publicou: “Que isso, perdendo seu tempo precioso”. Cerca de duas horas depois, a mulher novamente comunicou que o investigado voltou a esperá-la no trabalho.
Prisão
O delegado Ângelo Ramalho Alvares, responsável pelas investigações, detalha as ações desencadeadas pela PCMG para a prisão. “Sendo assim, imediatamente os policiais desta Especializada voltaram ao local e conseguiram prender o suspeito em flagrante. Em poder dele foram encontrados uma rosa e chocolates que seriam para a vítima”, diz.
Segundo o suspeito, ele estaria apaixonado pela vítima e queria casar com ela. “Infelizmente, alguns casos de perseguição podem evoluir para outros crimes muito mais graves, como lesão corporal, estupro e homicídio. A Polícia Civil, atenta a esse cenário, conseguiu rapidamente interceder e restabelecer a tranquilidade da vítima”, observa o delegado Ângelo Ramalho.
O homem, que já se envolveu em vários episódios de perseguição, foi autuado pelo crime de ameaça, dentro de um contexto de perseguição, com aumento de pena por ter sido praticada contra mulher, por razões da condição de sexo feminino.
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