Lotação máxima: Algumas regiões de Minas Gerais começam a não ter mais leitos de UTIs disponíveis
Das 14 macrorregiões do Estado, quatro já atingiram 100% da capacidade; enfermaria está em 75,70%
O número de pacientes internados no sistema público de saúde em Minas Gerais vem crescendo praticamente no mesmo ritmo de casos confirmados de coronavírus. O Estado já ultrapassou 90% de taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Internsiva (UTI).
Três macrorregiões de Minas Gerais atingiram a lotação máxima dos leitos de UTIs pelo SUS e não possuem mais vagas para atender os pacientes graves com a Covid-19 ou outras doenças. O cenário crítico é vivenciado no Vale do Aço, Triângulo Norte e Leste.
Nesses locais, conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES), a taxa de ocupação dos leitos chegou em 100%. Mesmo assim, o Estado não fala em colapso, uma vez que os internados com melhores condições clínicas podem ser transferidos para unidades de saúde de outras regiões, liberando vagas para os casos mais urgentes.
Com relação aos leitos de enfermaria, a taxa de ocupação já atinge 75,70%, de acordo com dados da SES. Dos 9.201 doentes internados, 1.338 tem suspeita ou diagnóstico de Covid-19, ocupando 11,01% das unidades disponíveis no sistema público do Estado.
Reforços à região Noroeste
Durante coletiva de imprensa na Cidade Administrativa, na tarde da última quinta-feira (25), o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, falou especificamente sobre a ocupação de leitos de UTI na macrorregião de saúde Noroeste, que ainda não alcançou 100% de uso das vagas. Segundo ele, o Estado está socorrendo a região, a partir do acompanhamento da situação.
“Patos, realmente o Hospital Antônio Dias, que é da Fhemig, está com ocupação alta. Nesse sentido, nós temos São Gotardo, que é uma cidade da região, que já manifestou a capacidade de ter condição de abrir UTI em até sete dias. Essa cidade receberá 10 monitores e 10 ventiladores para que possa abrir UTI’s imediatamente”, afirmou.
Conforme o gestor, os municípios de Unaí e Paracatu, que, juntamente com Patos, formam as três cidades-pólo de atendimento na região, também receberão reforços. Segundo Amaral, Unaí já recebeu equipamentos e está abrindo leitos de forma a não precisar encaminhar pacientes para Patos, assim como Paracatu.
“O Estado está socorrendo e muito atento à essa região. Caso haja alguma necessidade de assistência imediata, essa necessidade entra no nosso sistema de regulação e, se for fundamental que se transfira esse paciente, nós transferimos ele daquela região para outra que tenha leito disponível. Em especial, ali nós temos a região Triângulo Sul ainda com bastante leitos disponíveis”, finalizou.
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