Agronegócio mineiro fecha 2020 com o maior volume exportado e a segunda maior receita da história
Em um ano marcado pela pandemia de covid-19 e a decorrente crise econômica, que afetou diversos setores, o agronegócio mostrou sua força e importância para Minas Gerais, registrando o maior volume exportado da história do estado e a segunda maior receita, com 12,7 milhões de toneladas e US$ 8,7 bilhões. A receita, que representou 33,2% de todas as vendas externas de Minas em 2020, só ficou atrás do resultado de 2011, quando o valor foi de US$ 9,71 bilhões.
Em comparação com o ano de 2019, quando o volume foi de 10,3 milhões de toneladas e a receita de US$ 7,84 bilhões, houve aumento de 23,2% e 10,4%, respectivamente. O estado exportou seus produtos para 172 países, sendo os principais compradores a China (US$ 2,27 bilhões); Estados Unidos (US$ 896 milhões); Alemanha (US$ 881 milhões); Itália (US$ 403 milhões); e Japão (US$ 3,8 milhões).
“A alta do dólar e a grande oferta em volume das commodities pelo estado influenciaram nessa boa performance. Vários produtos mineiros contribuíram para esse bom resultado, como o café, a soja e as carnes”, destacou Manoela Teixeira de Oliveira, assessora técnica da Superintendência de Inovação e Economia Agropecuária (Siea) da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
De acordo com o superintendente de Economia e Inovação Agropecuária da Seapa, Carlos Eduardo Bovo, os números positivos em um ano turbulento mostram a eficiência do estado, que conseguiu abastecer sua população e, ainda, os mercados externos. “Aproveitamos a oportunidade que surgiu com as restrições no mundo todo, principalmente nos países europeus, que tiveram uma dificuldade maior na produção. O agronegócio de Minas acabou ocupando o espaço nesses mercados e, também, assumiu a demanda de alguns países do Oriente Médio e da África, que eram abastecidos pela Europa”, detalhou.
O superintendente destaca, ainda, que os bons resultados também são consequência do investimento a longo prazo na pesquisa agropecuária, na assistência técnica ao produtor rural e na defesa agropecuária. “Por isso, a perspectiva para 2021 é continuar registrando aumentos de produção e produtividade, com melhoria na qualidade, e a inserção de tecnologias no campo. Como resultado, esperamos reforçar as vendas para esses novos mercados que estamos conquistando, além de ampliar e diversificar a nossa pauta e destinos de exportação”, complementou Bovo.
Comentários