PCMG e PMMG Desarticulam “Governança Paralela” em Montes Claros

Operação integrada no bairro Conferência Cristo Rei mirou grupos que tentavam impor regras próprias à comunidade; adega usada para lavagem de dinheiro foi um dos alvos.

Em uma demonstração de força contra o crime organizado no Norte de Minas, a Polícia Civil (PCMG) e a Polícia Militar (PMMG) deflagraram, nesta terça-feira (23/12), uma operação estratégica em Montes Claros. O foco principal foi o bairro Conferência Cristo Rei, onde investigações apontaram a tentativa de instalação de uma “governança criminosa” — estrutura onde grupos ilícitos tentam substituir a autoridade do Estado por regras próprias baseadas na intimidação.

Os levantamentos, realizados pela Agência de Inteligência Policial do 11º Departamento de Polícia Civil, identificaram que esses grupos buscavam controlar atividades ilícitas e coagir moradores locais. Segundo o delegado Diego Flávio Carvalho, coordenador da ação, o cumprimento dos mandados foi essencial para enfraquecer essa estrutura de poder paralelo e restabelecer a segurança na região.

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A operação executou cinco mandados de busca e apreensão em locais considerados estratégicos para a sustentação financeira do crime:

• Fachada para Lavagem: Um dos principais alvos foi uma adega, identificada pelos investigadores como um local utilizado para ocultar e dissimular recursos oriundos do tráfico de drogas.
• Dinheiro em Espécie: No estabelecimento, os policiais apreenderam mais de R$ 9 mil em notas de diversos valores. A quantia foi considerada compatível com a movimentação intensa do comércio de entorpecentes.
• Força-Tarefa: A ação contou com mais de 20 policiais civis e militares, além do apoio fundamental da equipe de Rondas Ostensivas com Cães (Rocca) da PMMG.

As investigações agora entram em uma nova fase, com o objetivo de identificar outros integrantes do grupo e mapear possíveis conexões com outras facções criminosas. A operação envia um recado claro: o Estado não aceitará a imposição de regras por grupos que lucram com o medo da população.