Importação Perigosa: PM Rodoviária Apreende Medicamentos Proibidos para Emagrecer na BR-251 em Unaí
Homem de 47 anos é preso em flagrante com carga do Paraguai avaliada em milhares de reais; material incluía eletrônicos de luxo e fármacos sem registro na Anvisa.
O que começou como uma viagem de compras na Ciudad del Este, no Paraguai, terminou em prisão e apreensão de mercadorias na tarde desta quarta-feira (19/11). Durante uma operação de combate ao contrabando e descaminho no quilômetro 905 da BR-251, em Unaí, a Polícia Militar Rodoviária interceptou um Fiat Fastback que transportava muito mais do que simples recordações de viagem.
Ao revistar o interior do veículo, pertencente a uma locadora, os militares encontraram caixas e sacolas repletas de produtos eletrônicos e perfumaria de alto valor, como kits multimídia, alto-falantes Aiwa e caixas de som JBL. No entanto, o que mais chamou a atenção das equipes — compostas pelo GTR e apoio do P2 e da Receita Federal — foram os compartimentos contendo medicamentos controlados.
Foram localizados 40 frascos de Tirzepatida e 2 frascos de Retatrutide, substâncias frequentemente utilizadas para o emagrecimento rápido. De acordo com as autoridades, os fármacos não possuíam qualquer autorização de importação ou documentação da ANVISA, sendo considerados produtos sem registro oficial no Brasil.
A Defesa e as Consequências Legais
O condutor, um homem de 47 anos, afirmou aos policiais que as mercadorias eram para “consumo próprio” e apresentou apenas recibos de lojas paraguaias, sem qualquer documento fiscal aduaneiro. As justificativas, porém, não foram suficientes para evitar as graves implicações criminais:
- Crime Contra a Saúde Pública: O autor foi preso em flagrante com base no Artigo 273 do Código Penal, que trata da corrupção ou alteração de produtos medicinais, devido à importação dos medicamentos proibidos.
- Contrabando e Descaminho: Ele também responderá pelo Artigo 334, referente à entrada de mercadorias no país sem o pagamento dos devidos impostos.
- Destino dos Materiais: Por não haver uma Delegacia da Polícia Federal nas proximidades, todo o material foi encaminhado à Polícia Civil, após orientações da Receita Federal de Uberlândia.
O veículo foi liberado para uma testemunha no local, enquanto o autor, após passar por atendimento médico, foi entregue à autoridade policial.
O caso serve como um alerta sobre os riscos de importar substâncias terapêuticas sem controle sanitário. Além do prejuízo financeiro e da liberdade cerceada, o uso de medicamentos não autorizados pela Anvisa representa um perigo direto à saúde de quem os consome.

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