Polícia Civil Fecha Fábrica Clandestina de Bebidas Adulteradas no Barreiro, em BH
Homem de 53 anos foi preso em flagrante com mais de 1,6 mil garrafas prontas para consumo e equipamentos industriais. O local funcionava em uma residência com condições precárias de higiene.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) localizou e desativou uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas na região do Barreiro, em Belo Horizonte, nesta segunda-feira (6/10). A operação resultou na prisão em flagrante de um homem de 53 anos, suspeito de fabricar e vender as bebidas em condições impróprias e ilegais.
A ação foi deflagrada após denúncias sobre a fabricação, falsificação e comércio irregular de bebidas alcoólicas na região. O imóvel alvo, uma residência adaptada para a produção industrial, estava repleto de materiais:
- Mais de 1,6 mil garrafas já envasadas.
- Milhares de garrafas e tampas plásticas vazias.
- Bobinas de rótulos de diversas marcas registradas.
- Equipamentos industriais de produção e rotulagem.
O delegado Túlio Leno, responsável pela operação, ressaltou as condições inadequadas de higiene e segurança. “A residência tinha três andares, sendo que no primeiro o suspeito utilizava como o armazenamento da bebida alcoólica. Ele usava tubos, mangueiras próprias de construção civil para bombear essa bebida até uns tonéis que ficavam no terceiro andar, local onde ele realizava o envase e também a adulteração da bebida”, explicou.
As investigações confirmaram que o local operava sem qualquer tipo de autorização dos órgãos competentes, incluindo a Prefeitura de Belo Horizonte e o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), para a fabricação ou comercialização de cachaça.
O delegado apontou que o suspeito usava rótulos de marcas registradas, configurando falsificação, e alterava o produto final: “Para dar uma coloração mais amarelada, ele utilizava de uma substância escura para tingir essa bebida e vender tanto a substância sem cor quanto a com tonalidade mais amarelada”, detalhou Túlio.
A PCMG reforça que a comercialização de produtos em condições insalubres e com procedência desconhecida representa sério risco à saúde pública. O suspeito foi encaminhado ao sistema prisional, e as investigações prosseguem para identificar a origem dos materiais e a rede de distribuição.

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