Égua é sacrificada após ser encontrada abandonada na rua em estado de desnutrição extrema em Unaí

Polícia Militar de Meio Ambiente, atende uma ocorrência de maus tratos de animal equino abandonado em via pública no município de Unaí​

As informações foram passadas nessa última sexta-feira (12), via Copom do 28º BPM, logo os militares se deslocaram para a rua Rio Preto, no bairro, chácaras Rio Preto, para averiguar a denúncia de maus tratos aos animais.

No local, os militares constataram que havia um animal equino (égua), SRD, caído, à margem da rua Rio Preto, com visíveis sinais de desnutrição extrema. O animal ainda se encontrava vivo, com poucos movimentos, com respiração ofegante e coberto por moscas.

De acordo com a denúncia anônima, o animal pertenceria a um garoto, funcionário de um haras ali da região. Segundo o denunciante, o garoto possuía outros animais sob seus cuidados e que já o viu com a mesma égua que estava caída na rua rio preto.

Diante das informações, os militares se deslocaram até uma residência. No local foram recebidos pela mãe do suposto proprietário, um menor de idade, que informou a equipe policial que seus filhos, todos, menores, possuíam cavalos, que o mais velho, de 16 anos de idade, trabalha como tratador de animais em um Haras e que todos os animais que eles têm, foram ganhados. Ao ver a foto da égua encontrada na rua Rio Preto, a mãe disse que aquele animal não pertencia a nenhum de seus filhos, não sabendo indicar quem poderia ser o proprietário.

Ainda na residência do menor, foi constatado que havia um cavalo, macho, SRD, com sinais de desnutrição, em uma área de 300 m², com disposição de água e capim picado. No decorrer do atendimento, compareceu o veterinário do IMA, que examinou o cavalo que se encontrava no quintal da residência, sendo constatado por ele que o animal estava possivelmente com anemia, sendo necessário um exame de sangue para confirmação.

Foi apresentado pelo menor e por sua genitora os medicamentos utilizados para tratar do cavalo, que segundo informações da mãe do garoto, havia sido dado a ele por sua avó materna, trazido da zona rural e acomodado nos fundos da propriedade por ser um animal semental (inteiro). Após a examinação, foram deixadas algumas recomendações e prescrições pelo veterinário, sendo marcado um retorno para reavaliação da saúde do animal, no prazo de 60 dias.

Durante o atendimento, ainda na residência, após mostrar as fotos e questionar o menor sobre uma égua, tordilho, caída na rua Rio Preto, fomos informados por ele que não tinha conhecimento de nenhum animal caído naquela rua.

No local do fato da denúncia, acompanhados do menor, este informou que aquela égua não lhe pertencia, que no dia anterior até tentou levantar a égua, com a ajuda de outra pessoa para colocá-la dentro de um pasto, localizado em frente onde ela se encontrava caída, que não conseguindo, deixou a porteira aberta para que o animal entrasse. Ao ser confrontado com a versão dada em sua residência, o menor afirmou que viu o animal caído quando deslocava do trabalho para sua residência, no dia anterior.

Diante dos fatos, devido à situação do animal ser irreversível e a profunda desnutrição em que ele se encontrava, foi necessário realizar eutanásia para evitar-lhe mais sofrimento.

O procedimento foi realizado pelo médico veterinário do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária).

O corpo do animal foi removido pela Secretaria Municipal de obras e encaminhado ao aterro controlado onde foi enterrado em uma vala. Por não haver testemunha que comprovasse a autoria do crime ou a propriedade do animal, não foi imputado ao menor ou aos seus responsáveis o crime de maus tratos.

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