fbpx
Últimas notícias

Inflação dispara na pandemia e alta do custo de vida deve acelerar ainda mais em 2021

Fritos, Praça Major Mendonça Shopping Village Mall Centro, João Pinheiro-MG / (38) 9-9881 1010

A disparada de preços como os de alguns alimentos, verificada em 2020, deve ser uma tônica também em 2021. É o que mostra uma pesquisa de Expectativa de Inflação do Consumidor, divulgada ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com o estudo, a população espera que o índice chegue a 5,2%, maior do que a meta prevista pelo Conselho Monetário Nacional (3,75%).

Segundo especialistas, o pessimismo das pessoas se justifica, em boa parte, pelo aumento dos itens de alimentação, das tarifas de serviços, como energia elétrica, e dos boletos dos planos de saúde.

Os alimentos, aliás, continuam sendo os campeões do custo de vida. De acordo com o site Mercado Mineiro, que fez levantamento de preços em sacolões da capital mineira, entre 18 e 22 deste mês, o chuchu, campeão entre os produtos que mais subiram, saltou 80% desde novembro: de um preço médio de R$ 2,14 para R$ 3,87.

Outro item que encareceu bastante foi o jiló: de R$ 4,54 o quilo, aumentou para R$ 5,92 (30% a mais) em intervalo de dois meses. Entre as frutas, a banana prata foi a que mais subiu, passando a custar R$ 6,75 contra R$ 4,25 há dois meses – aumento de 58%.
Para o economista e pesquisador Feliciano Abreu, do Mercado Mineiro, a tendência de alta deve continuar e o consumidor precisa estar atento às promoções para economizar. 

“Infelizmente, é essa a realidade e o consumidor precisa pesquisar muito para conseguir continuar comprando os mesmos itens, mas gastando menos”, explica.

O aumento da inflação em 2021 deve ser impulsionado também pelos reajustes de serviços, em especial as tarifas de energia elétrica e os planos de saúde. Ambos os setores tiveram preços congelados em 2020 por conta de medidas para minimizar os efeitos da crise econômica motivada pela pandemia da Covid-19. Mas isso acabou.

No fim do ano, por exemplo, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou as operadoras de planos de saúde a fazer correções. Elas podem e vão não só aplicar os reajustes previstos para 2021, mas cobrar acréscimos que não foram aplicados e se “represaram” no ano passado. Com isso, os planos devem subir em média de 15% a 20%, segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

Outro item que deve insuflar o custo de vida é a energia elétrica. Desde o fim de 2020, os consumidores já pagam mais caros, mas em razão de taxas extras pelo estabelecimento das bandeiras vermelha (em vigor em dezembro) e amarela (que está sendo cobrada em janeiro). Para este ano, ainda deve haver reajuste.

A economista e professora das Faculdades Promove Mafalda Ruivo Valente acredita somente a promoção maciça da vacinação contra o novo coronavírus pode vir a garantir condições para conter tais altas de preços.

“Infelizmente, na condição atual, a inflação vai continuar subindo, pois é um movimento de demanda por determinados itens. Enquanto a economia não voltar a funcionar em ritmo normal (o que depende do sucesso da vacina), a demanda não vai baixar e, com isso, não há como reverter o quadro”, alerta a economista.

Comentários

Por Jeferson Sputnik Jornalista RTP 0021471/MG

Jornalista RTP 0021471/MG Radialista Social Media Mais de 100 milhões de acessos em 2022 Assessor parlamentar Câmara dos Deputados Brasília Sangue A Positivo