Justiça

João Pinheiro vs CEMIG: MP cobra mais de R$ 140 milhões por apagões e exige ações urgentes

Concessionária é acusada de má prestação de serviço e pode pagar multa milionária por danos morais coletivos causados à população


Uma cidade inteira no escuro – e agora na Justiça

Moradores de João Pinheiro (MG) não aguentam mais. Após anos de apagões, falhas no fornecimento e prejuízos em cadeia, a CEMIG virou alvo de uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), FLAVIO BARRETO FERES. A ação exige que a concessionária seja condenada a indenizar em R$ 140.403.000,00 (cento e quarenta milhões e quatrocentos e três mil reais) os danos morais coletivos causados à população — o equivalente a R$ 3.000,00 por habitante, conforme o Censo 2022.


O que está em jogo: a estrutura elétrica da cidade e a dignidade do consumidor

O documento de 61 páginas detalha uma série de falhas graves que atingiram bairros como Novo Esplanada, Aeroporto, Centro, Comunidade Veredas e Luizlândia do Oeste, além de áreas rurais como Santa Luzia, Canabrava, Olhos D’Água e Fruta Dantas. Entre as denúncias estão:

  • 104 reclamações formais em apenas quatro meses no bairro Novo Esplanada.
  • Produtores que perderam até 10 mil litros de leite por dia, com prejuízos superiores a R$ 100 mil.
  • Moradores sem água por dias, já que o abastecimento depende de bombas elétricas.
  • Falta de aviso prévio, comunicação precária e ausência de manutenção preventiva.

Pedidos do MP: de obras emergenciais à punição exemplar

A ação movida pela 1ª Promotoria de Justiça de João Pinheiro exige, liminarmente:

  1. Apresentação de cronograma técnico de obras no sistema elétrico, com prazo de 60 dias, sob multa diária de R$ 15.000,00 até o limite de R$ 900.000,00.
  2. Início das obras em mais 60 dias, com mesma penalidade.
  3. Conclusão das obras em até 180 dias, também sob multa equivalente.
  4. Restabelecimento da energia em até 24h na zona urbana e 48h na zona rural, sob multa de R$ 10.000,00 por hora de atraso.

O valor da reparação

O pedido de indenização por danos morais coletivos tem destino claro:

  • R$ 130 milhões devem ser usados em obras públicas para modernização da infraestrutura elétrica da cidade, como:
    • Instalação de energia solar em escolas e hospitais
    • Substituição da iluminação pública por LED
    • Fundos emergenciais para mitigar futuros apagões
  • R$ 10.403.000,00 serão destinados ao Fundo Especial do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (FUNEMP).

Caso a CEMIG não cumpra as determinações judiciais, o MP requer que o valor da indenização seja descontado diretamente nas contas de energia da população pinheirense, em forma de abatimento coletivo.


Conclusão: o que vale mais — lucro ou serviço essencial?

A crise da energia em João Pinheiro é mais que um problema técnico — é um retrato do desrespeito com o cidadão que paga caro por um serviço essencial, mas vive na insegurança. Com a ação pública, o Ministério Público busca não apenas justiça, mas transformação real da estrutura elétrica da cidade.

💬 E você? Acha que outras cidades também deveriam mover ações parecidas contra serviços precários? Compartilhe essa matéria e ajude a população a exigir seus direitos.

  • Petição Inicial da Ação Civil Pública – MPMG – 1ª Promotoria de Justiça de João Pinheiro – Processo nº 02.16.0363.0205221.2025-25.

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Por Jeferson Sputnik Jornalista RTP 0021471/MG

Jornalista RTP 0021471/MG Radialista Social Media Mais de 100 milhões de acessos em 2022 Assessor parlamentar Câmara dos Deputados Brasília Sangue A Positivo

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