Operação Bruxas de Hecate: Líder Religioso é Preso por Tortura e Estupro de Crianças no DF
Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu um homem de 35 anos, que se passava por pai de santo, por crimes bárbaros contra crianças e adolescentes, incluindo abusos sexuais coletivos, agressões com chicotes e queimaduras com facas.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, nesta terça-feira (7), a Operação Bruxas de Hecate, que resultou na prisão preventiva de um homem de 35 anos. Ele é o líder de um terreiro no Recanto das Emas e foi detido sob as acusações de tortura, estupro de vulnerável, violência doméstica e exploração patrimonial.
A investigação, conduzida pela 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas) desde 8 de setembro de 2025, concluiu que o líder religioso usava a fachada das práticas de matriz africana e a suposta incorporação de entidades para cometer uma série sistemática de atrocidades.
O líder espiritual se aproveitava da fé e do medo das famílias para manter um ciclo de violência e abuso, submetendo crianças e adolescentes a um regime de crimes no terreiro.
- Tortura e Agressão: As vítimas eram obrigadas a ficar nuas durante os rituais, sofrendo agressões físicas severas, incluindo chicotadas, queimaduras com facas, enforcamentos e cortes com facões.
- Abuso e Constrangimento Sexual Coletivo: Meninas e meninos eram submetidos a constrangimentos sexuais coletivos, sendo forçados a abrir as pernas para que suas partes íntimas fossem cheiradas por outras pessoas sob as ordens do líder.
- Tentativa de Estupro: Os abusos sexuais incluíam apalpamentos, beijos forçados e uma tentativa de estupro contra um menino de 11 anos.
- Punições Cruéis: Vítimas foram forçadas a ingerir bebidas alcoólicas, e uma adolescente teve o rosto intencionalmente queimado com uma faca quente como punição pelo líder.
Apreensão de Equipamentos e Busca por Mais Vítimas
Além do mandado de prisão preventiva, a PCDF cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do suspeito.
Equipamentos eletrônicos foram apreendidos no local e serão submetidos a perícia. O objetivo é aprofundar as investigações e, principalmente, identificar outras possíveis vítimas que, por medo ou trauma, ainda não tiveram coragem de denunciar os crimes. A operação visa interromper a rede de violência que se escondia sob o disfarce religioso e garantir a responsabilização do investigado.
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